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Recebendo o Prêmio Castro Alves de Literatura 2018 |
Fabiana Pinto é professora, escritora e titular da Cadeira 20 da Academia Teixeirense de Letras (ATL), cuja patronesse é a saudosa Geny Abutrabe Guerra Pessoa.
Ela é natural de São Paulo, mas vive em Teixeira de
Freitas desde o final dos anos 80, onde concluiu os estudos, inclusive
graduando-se em letras pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e
tornando-se professora dos ensinos fundamental, médio e superior, nas redes
privada e pública de ensino.
O contato de Fabiana com a leitura e, portanto, com os
livros remete à infância, quando frequentava a Biblioteca Hans Christian
Andersen, no Tatuapé, na capital paulista, bem em frente ao restaurante da
família.
O nascimento de sua filha Pérola, em 2004, marcou a
publicação das primeiras crônicas de Fabiana Pinto nas redes sociais. Isso é
mais que coincidência, uma vez que Pérola se tornaria personagem de algumas das
tantas histórias infantojuvenis escritas pela mãe escritora.
Mas aquilo que não passava de hobby tornou-se uma
questão de vida ou morte, digamos assim, quando Fabiana se descobriu portador
de lúpus, enfermidade autoimune, em estado avançado. A partir daí escrever deixou
de ser passatempo para virar uma necessidade de fazer frente às dificuldades
impostas pela doença.
O ato de escrever passa a ser, enfim, o “momento de
gritar seus sentimentos e dizer, sem pudor nem medo, aquilo em que acreditava,
falar sobre a vida em todos os seus aspectos, permitindo-se emocionar, gritar,
chorar, silenciar, acordar e adormecer”.
Assim, em 2011, sua estreia na literatura aconteceu duplamente com a
publicação dos livros “Do amor à sabedoria” e “Uma dose de amor, por favor”,
ambos de crônicas.
Inspirada pela filha, em 2012, Fabiana publicou seu primeiro livro
infantil intitulado “Pérola e suas amigas vencendo os medos”. Em 2015 e 2016, a
autora seguiu com a temática infantil publicando “Pérola e a lua do mar” e
“Saberdolândia”. Reuniu também crônicas em “Coração Bordado de Flor”.
A propósito de “Saberdolândia”, Almir Zarfeg escreveu: “Aqui, magistral
e intencionalmente, Fabiana brinca com a tradição dos contos de fadas e/ou
fabular, dialogando com La Fontaine...”
A confreira ainda é autora das obras inéditas “Pérola se aventura em
Cumuruxatiba” e “Eldorado”, que devem sair em papel em breve.
Graças à sua dedicação e talento, Fabiana vem conquistando prêmios aqui
e acolá. Em 2013, por exemplo, ela recebeu duas menções honrosas pelas crônicas
“Dá-me tua mão” e “O menino e a pipa”, concedidas pela Associazione Culturale Ennio Flaiano e pela Pensieri in Parole, respectivamente.
Em 2014, também na Europa, foi premiada na França e na Espanha. No
Brasil, brilhou no Prêmio Castro Alves de Literatura, edições 2017 e 2018, com
as crônicas “Recanto” e “A vida é de repente”.
Para a autora, escrever é um exercício que conjuga esforço, disciplina e
prazer ao mesmo tempo. Segundo ela, o texto nasce com as palavras “caindo no
papel como se fossem lágrimas, dançando à minha frente, risadas desgovernadas
saltam do meu peito, sons querendo gritar”.
E conclui: “São tantos os ais da alma transformados em períodos que fica
praticamente impossível sem a tal folha de papel”.
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PRESIDENTE DA ACADEMIA TEIXEIRENSE DE LETRAS - SABER MAIS |
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