ISBN-13: 9788542105223
ISBN-10: 8542105222
Ano: 2016 / Páginas:
112
Idioma: português
Editora: 7 Letras
Poeta de uma singularidade lírica exclusiva,
personagem forte e marcante, Raul de Taunay, com sua imensa sensibilidade,
emerge definitivamente nesta obra como uma das grandes revelações da poesia
brasileira contemporânea. Seguindo o caminho das margens que percorreu pelo
mundo inteiro à procura de uma fonte para as suas palavras, este poeta intenso
faz da poesia um deleitoso momento de prazer e revela nestes poemas ao
desabrigo, a perfeita harmonia entre forma, beleza, crueza e liberdade numa
sequência de odes, elegias, trovas, baladas e sonetos marcantes e
inesquecíveis.
RESENHA
“Poesia deve ser mediadora entre homens e a libertação e a felicidade.
Isto é, a linguagem poética deve proporcionar às pessoas a experiência da
liberdade, ainda que nem sempre ela fosse real”.
(Pedro Antônio Correia
Garção/Córidon Erimanteu 1724-1772)
Para os literatos, que fazem da arte o sustento da
poesia, os poemas ou mesmo os versos, vão muito além de um mero conjunto de
palavras. Escrever poemas é escrever a vida num papel, é o estudo e a
contemplação da arte de viver.
Pode-se brincar com as palavras em três linhas
gerais: poema lírico, poema narrativo e poema dramático. Além desses,
encontramos ainda outras categorias.
Raul de Taunay é poeta, cronista, romancista e
diplomata de carreira. É autor de outros livros como “O andarilho de Malabo:
obra geminada” (crônica e poesia, 2015). Atualmente reside em Brazaville, na
República do Congo, onde exerce funções diplomáticas.
Como a própria sinopse relata, nesta obra iremos
encontrar um trabalho variado entre odes, elegias, trovas, baladas e sonetos.
Para o leitor, a obra é um conjunto de sentimentos
em forma de palavras, ora desabafo, ora admiração, ora idolatria.
Poema ARADO
“ A cada dia me descubro
Em alguém que desconheço:
Era falante, sou hoje calado,
Agora quieto, antes agitado,
Buscava encontrar o mundo,
No presente dele me afasto,
Procuro incendiar a alma,
Atualmente vou sossegado.
Não sou mais o que sonhei?
Não importa, estou vacinado.
Não vou ter o que esperei?
Pouco espero deste arado.
A vida é mesmo um achado!
Corria? Agora ando de frente
Ansiava? Hoje alteio fulgente.
Os olhos fitos a te admirar,
A boca inteira para te beijar,
Um lume novo para exultar,
Que ainda caminh0 galante,
Relampeand0 versos ao ar,
E faço da vida um mirante,
Que me faz rir ou chorar,
Neste planeta inconstante,
Ondeio sem me fragmentar.
(p.22)
Este em especial conquistou a resenhista como
leitora, a ponto de adotá-lo como poema “da vida”.
Mas a obra é muito mais profunda e delicada. Encontram-se
diálogos gostosos de serem lidos em voz alta.
(...) entre citilantes vieram a indagar:
- O que buscava solto por aquele lugar?
- Estou a
descobrir um caminho novo
- disse, pois a aventura é o meu tesouro.
As estrelas se olharam e puseram-se a rir,
Ao ver que, na cama, eu estava a dormir.
(p.96)
Ode que vem do grego antigo “õdie” significa canto
e era o nome dado às composições de linguagens mais elevadas e solenes. É uma
poesia lírica, glorificando sempre um objeto, lugar, pessoa ou ideia. Há muitos
versos chamativos, fazendo desta obra uma rica arte contemporânea.
“(...) O céu aberto instiga em mim o mar revolto,
Em que a emoção faz o refrão tempestuoso;
Vagas a rir no espaço fundo do desmonte, (...)”.
(contracapa)
Também saltitam aqueles em que é preferível não
ouvir voz alguma, apenas os pensamentos, os quais nos fazem refletir e meditar,
diante da bela realidade contada por
palavras, sugerindo quase sempre um desabafo.
PARCERIA:
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