Direção:
Robert
Eggers
Ano: 2015
Gênero: Terror/Mistério
Estamos no século XVII agora.
Sim, onde já se espera que se alguém ganha o
título de “Bruxa”, seu futuro lhe reserva julgamento, tortura, uma forca ou
fogueira. #QueimeAsBruxas
Robert Eggers nos apresenta uma família em meio
a um julgamento por heresia. Cenários de madeira, pessoas horrorizadas, chapéus
estranhos, tochas e ancinhos compõe a cena de exílio de William, Katherine e
seus quatro filhos Thomasin, Caleb e os gêmeos Mercy e Jonas.
Alguns meses depois, já instalados em um
pedacinho de terra junto a uma floresta, Katherine dá à luz a mais um menino,
Samuel. Em um belo dia, Thomasin brinca com Samuel na floresta onde reside “A
Bruxa”, que sequestra o bebezinho e usa seu sangue e gordura em seu corpo como
se fosse uma espécie de pomada para que ela possa voar. #Cena Chocante.
Entre acontecimentos estranhos com a colheita, a falta de
caça e as mentiras familiares, surge o a grande “?” do longa, Black Philip, um
bode negro que vive junto aos gêmeos.
Se espera cenas do tipo “Salem”, “A Bruxa de
Blair” entre outros, não é bem por aí. Ele foi classificado como “Terror Art.”
e, apesar de algumas cenas explicitas de morte, à primeira vista é um filme
leve em comparação a outros. O foco de Robert em A Bruxa foi transmitir o
terror imaginário, você assiste e, gostando ou não do enredo, sua imaginação
vai longe pensando o “onde? Como? Porquê? O que aconteceu? Vai ter o dois ne? ”
O foco sutil no bode Black Philip até o momento em que ele
se revela como o todo poderoso chega a ser um pouco tedioso. Quando se fala em
terror, é obvio que esperamos uns sustos, rituais macabros, ossinhos pendurados
e crianças em jaulas, e mesmo com a cena da morte de Samuel ser bem chocante
por se tratar de um bebezinho, logo ela desaparece em cena, já que o decorrer
do longa deixa pontas e mais pontas soltas.
#SpoillerFinal
Por fim, não se sabe o que aconteceu com Caleb
no seu encontro com A Bruxa, onde os gêmeos foram parar, o bode faz bom uso do
seu chifre e Thomasin aceita receber Satã em seu corpo, já que so restou ela e
o bode na fazenda, se não pode vence-lo, junte-se a ele ne?
Black Philip e Thomasin seguem em direção a floresta, onde
encontram o clã em volta de uma fogueira numa cena tosca e assustadora de
levitação demoníaca.
Thomasin entra na onda.
Fim.
***
Em relação as críticas, os especialistas saíram satisfeitos com o filme, o colocando no mesmo patamar que O Exorcista e O Bebe de Rosemary. Ganhou uma nota de 7,8/10 o que contradiz com os telespectadores, já que o acusam de uma certa propaganda enganosa, já que fora prometido um filme aterrorizante.
Desde o primeiro trailer/pôster, eu me interessei em
assistir A Bruxa. Sou fascinado pelas histórias, contos e queimação de bruxas.
De primeira deu para entender a parte artística do longa. Sim, é bacana, é
cruel, é satanista e, para quem tem muito pavor no oculto, pode ir rezar uma
ave maria depois de assistir. Mesmo com belas e assustadoras paisagens diurnas
e noturnas, a parte da história ficou meio pombo sabe, gostei muito não. Mesmo
sem os clássicos sustos e mais foco na bruxaria que eu esperava ver, no mínimo
gostaria que os fios soltos durante o filme fossem atados no final, até agora
estou perguntando “era só isso? ”
Se aprecia cultos e quer conhecer um pouco mais
sobre o lado “S” das bruxas, recomendo que assista... Caso queria aquele
filminho para abraçar o parceiro (a) no medo, assista outra coisa. Recomento
vários filmes aqui no blog. Haha
Nota pessoal: 2,5
Uma
curiosidade que achei mega estranho e excitante: O nome da atriz que faz A
Bruxa é Bathsheba, que por sinal, é o nome da bruxa de Invocação do Mal...
Coincidência? Talvez.. Deixo no ar... :D
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Tom Matias |
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