Quem nunca adormeceu imaginando
que poderia mudar o mundo com iniciativas próprias, ou ter “aquela” vida do
amigo da rede social ou até mesmo fazendo planos mirabolantes com o prêmio da
mega sena?!
Tão custoso para todos nós, o buraco
da falta, dialoga conosco todos os dias e experimentamos as mais diversas emoções no decorrer de um
dia, num curto período de tempo onde
corremos atrás do que não sabemos que queremos, mas repetimos compulsivamente
querendo.
Muitos dizem que o que diferencia
notadamente o ser humano dos outros animais é a capacidade de raciocinar, mas
eu me arrisco a dizer: não seria o desejo?
A nossa condição de desejantes é, por
sua vez, aquilo que nos permite “viajar em pensamento” e criar novas
possibilidades de lidar com a realidade. A capacidade de desejar e daí
raciocinar - ou não - sobre o que fazer das nossas vidas nos permite levar a
cabo as nossas fantasias. Mas, ela mesma, essa capacidade tão poética, nos
coloca num confronto de se deparar com o Real, naquilo que não pode ser mudado,
naquilo que é limitação, que é a castração do nosso existir fantasiado.
Vivemos assim no tempo dos “game
overs” e “resets”, num tempo onde não se identifica mais o que é evolução e o
que é inversão do já inventado. Muitos fazendo pratos cheios de desejo e os
devorando ao custo de "gordices" depressivas e magrezas anoréxicas.
Tal e qual é a oferta de encher o
prato e preencher o buraco, o furo, algum pedaço que não cessa de querer ser,
ter, estar...
A evanescência dos desejos se exercita,
dança, brinca. Brinca mesmo com o nosso ser criança!
E muitos dizem que o mundo está
mudado, e que está mais difícil sobreviver psiquicamente à rapidez do existir.
O que me deixa a pensar:
seguir o ritmo do mundo se torna algo de uma
obrigação, uma servidão para muitos...
... mas, para outros seremos nós os artífices malabaristas que
virão a gozar da bela e não menos dolorosa arte de bancar os seus desejos.
Banda: Evanescence
Música: Hello.
“O sinal do pátio da escola toca de novo
“O sinal do pátio da escola toca de novo
Nuvens de chuva vem para brincar de novo
Ninguém te disse que ela não está respirando?
Olá, sou sua mente
Dando a você alguém para conversar, olá
Se eu sorrir e não
acreditar
Logo eu sei que irei despertar deste sonho
Não tente me consertar
Eu não estou quebrada
Olá, eu sou a
mentira vivendo por você
Assim você pode se esconder, não chore
De repente, eu sei que não estou dormindo
Olá, ainda estou aqui
Tudo o que restou de ontem”
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