Amor
bom é do tipo livre, leve e solto... Naqueles nossos dias de novembro onde
criamos uma história efêmera que ninguém nunca saberá. Caberá, somente, a nossa
versão sem atores coadjuvante, roteiros e reprises. Um romance vagabundo desses
que só acontecem uma vez na vida. Permitirmos a liberdade e libertinagem típica
de dois adolescentes. Amar é tempo aproveitado sem a obrigação de ser longo! Na
nossa relação sem compromisso, tinha um ar diferente. A desobrigação de sermos eternos
e felizes nos proporcionou momentos que ninguém nunca saberá. Um brinde ao
nosso romance travestido de segredo.
Pensei
que fosse durar um pouco mais; mais um beijo, mais uma foto, mais algumas juras
infundadas, dedos entrelaçados, uma ultima transa. Ah, teus pêlos sobre minha
pele branca, nosso suor lavava a alma e a sua cama cheia de pecados; os corpos
lado a lado a respiração longa... E os suspiros entregavam o cansaço físico do
movimento intenso de duas pessoas que sabiam exatamente o que fazer. Nosso sexo
casual preenchia muitas horas do doce novembro. Até hoje vejo no celular se tem
alguma mensagem tua, se por acaso quis me dá um OI, ou um convite indecente. Essa
lacuna que ficou depois que fui embora mostra como é bom saber que, em alguém
momento, podemos ser importante para alguém.
Entenda, precisava ir sem despedidas, seguindo
meu caminho. Claro que com alguns desvios e muitos obstáculos, quando me vi idealizando
uma relação futura, tive medo e agir feito uma louca numa infinita TPM. Não
conseguir acreditar que fui idiota o bastante para me apaixonar por um cara cheio
de defeitos. Alguém que fala pelos cotovelos, reclamando das mesmas histórias, sem
um mínimo de critério fashion, alguém que nunca se mostrou realmente
interessado. Sempre tão relapso quanto eu. Menino incapaz de compreender minha
louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica meio madura. Por isso fui.
Doida querendo ficar. Cê sabe, né?!
Decidir a hora certa de partir, não imaginei que seria tão difícil
desapegar das pequenas coisas.
Parecia
café em tardes frias, o tipo de coisa que não tento evitar. Mas existia algo
esquisito, difícil de entender. Apaixonei-me pelo cara certo. Quantas vezes se
vive isso? Um tipo bonito, inteligente, bem humorado, um espetáculo na cama. Bom
de mais pra ser verdade, bom de mais pra ser eterno. O romance secreto estava
sendo revelado pelo brilho nos olhos e vertigens nos encontros públicos, iam
acabar notando minha cara besta-apaixonada, admirando o cara chato que se fez
irresistível! Espero que sinta falta de
minhas mensagens, do carinho, da minha doce confusão... Mas sua displicência
revela que somente eu quis que tornássemos nós. Sendo assim, Adeus!
P.S:
Qualquer relação com a realidade é mera coincidência.
TMartins
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