
Quando eu era criança por algum motivo não conseguia aprender a olhar as horas, foi quando tive uma brilhante ideia em fazer um “acordo de troca” com minha irmã, ela que sempre foi dos números ensinava-me a aprender as horas e eu em troca a ensinava a ler. Foi em uma revistinha de quadrinho da Mônica que a ensine, e que com o tempo se perdeu, e só restou à vaga lembrança de um trato entre irmãs.
Sempre foi exata com formulas padronizada, a conta sempre fechou com ela, é
como se tudo fosse muito bem organizado em seus pensamentos , arrisco em dizer
que ela gosta mais de números do quê de gente, seu brinquedinho de bolso: uma
HP. (que por sinal não sei nem mesmo qual o botão pra ligar), mas além de toda
essa exatidão ela é poética, sensível. É capaz de ver poesia em números,
escreve tão bem quanto calcula. É nessa linha de romance e exatidão que ela
segue, acertando na vida, sempre fechando o calculo ou o livro.

Engraçado como desde crianças escolhemos nosso caminho sem nem mesmo da conta
disso, e foi exatamente por aquilo que nos diferenciou que nos unimos tanto,
aprendemos a ensinar uma à outra as coisas, sem métodos a gente ensina e
aprende sem perceber, quando damos conta, já estamos fazendo a conta ou o faz
de conta, ela passa segurança e encoraja quem esta por perto, e eu apoio mesmo
as ideias mais mirabolantes, e se não der certo com o tempo a gente concerta ou
nosso herói o filho de Zeus aprece para limpar nossa bagunça como sempre fez
desde a infância.
Kati Martins
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