De
todas as coisas...
Relendo
nossas conversas pude notar que o que nos juntou foram nossas frustrações, foi
uma espécie de compartilhamento de histórias tristes e parecidas, entendia sua
decepção ao ponto que você entendia meus arrependimentos... A desilusão nos
união e como o mundo não para de girar me apaixonei, me encantei e mais uma
vez, me ferrei. Não se sinta vilão, essa parece ser minha sina de mocinha
indefesa com um coração vagabundo sempre disposto a perambular em meios
sorrisos...
De
todos os caras que por aqui passaram você foi o que tive certeza que não iria
durar, alias até agora não sei como continuei aquela conversa chata. O certo é
que sem perceber foi tornando-se mais próximo, menos esquisito, mais charmoso;
uma equação perfeita para mais uma vez amar eternamente nos próximos três
meses. Sim, meus amores platônicos duram menos que a estação, e daí? Talvez
pela minha coragem desbravadora de me entregar de corpo e alma, às vezes mais
em corpo às vezes mais em alma, o fato é que vivo em extremos.
Bebo muito, rezo
pouco, tenho muitos sapatos e nenhuma roupa para sair, tenho uma lista negra,
mesmo não guardando rancores. Ou talvez seja somente um desses desvios que a
vida faz, tirando a gente dos eixos por puro prazer de nos mostrar o quanto
pode ser mágico viver com borboletas no estomago.
De
todos os desejos, desejei que as conversas durassem sempre um pouco mais, essa
nossa mania de tecer comentários críticos e irônicos sobre a vida alheia daria
um excelente SitCom (sem as gargalhadas de fundo); a incompatibilidade musical
me mostrou que é possível ouvir um samba não estando em fevereiro. Vai vê foi
isso: o teu mistério se esconde em um daqueles sambas calmo, sereno que dura o
tempo suficiente. Feito os do Cartola que a gente sente falta antes de chegar
ao final, porque vai se acabando, esvaindo... Este foi teu segredo.
De
todas as coisas, queria novamente o teu jeito de me olhar, ainda que fosse um
olhar meio vesgo meio sonso, era quase um abraço com direito a declarações
sussurradas ao pé do ouvido. Aquela malícia que só quem deseja tem e só que é
desejada sabe. Fazia do teu peito um abrigo, seus pêlos um incentivo para
minhas mãos descobrirem os melhores caminhos. Já não consigo disfarçar. Chegamos a um ponto que a amizade colorida
tomou contornos abstratos, e dentro desse corpo de mulher moderna, vive uma
moça que sonha em encontrar o príncipe. Nunca foi minha intenção. Juro. Mas meu coração é descarado faz o que bem
quer.
Dessa
vez não vou correr atrás fingindo arrependimento, ou fazer alguma gracinha em
forma de desculpas. Preciso me certificar que sentes realmente algo, ou se fui
somente uma companhia para tempos difíceis; ainda assim de todas as coisas
espero um convite inoportuno cheio de terceiras intenções justificado com um
vinho tinto barato. Peça-me pra ficar, eu fico.
Gostei. Um texto bem interessante. Parabéns.
ResponderExcluirAbraços.
obrasdeumjovemescritor.blogspot.com.br
bem legal o texto...adorei
ResponderExcluirtonsdeleitura.blogspot.com
oii Patricia te marquei em uma tag no meu blog da uma passadinha la!!
ResponderExcluirbookmoda123.blogspot.com
oii Patricia te marquei em uma tag no meu blog da uma passadinha la!!
ResponderExcluirbookmoda123.blogspot.com