No
pensamento as dúvidas e a pontinha de desejo de jogar tudo pro’ar e viver de
maneira livre, sem rotina, metas, contas pra pagar, assuntos repetitivos e
piadas velhas. Comprar um fusca e ir em direção ao oeste poderia ser uma
solução, mas a gente sempre carrega nossos medos para os novos endereços.
Utilizo
como pretexto de mudança as segundas-feiras como meu dia oficial de começar
regimes, que não duram até as terças, e o final de ano para promessas maiores:
Começar um curso novo, desenvolver no trabalho, parar de correr atrás do
fulano, juntar dinheiro para aquela viajem e deixar de falar da vida alheia.
Julgando que se escorar nas desculpas possa ser um principio de mudança.
Mentira! Essas promessas não duram até a quarta-feira de cinza.
A verdade é que
a maioria tem medo das incertezas que o novo trás, preferindo mais do mesmo...
Essa babaquice de planejamentos, metas, são coisas de corporativismo, bom mesmo
é quando o obvio começa a incomodar de tal forma que naturalmente a mudança
ocorre. Eu não preciso passar a ultima folha do calendário para perceber que
preciso mudar, eu preciso querer correr riscos.
É
inevitável, todo final traz com sigo essa sensação de oportunidades e urgências
nas pendências. Talvez seja por isso que a maioria se pega fazendo planos,
traçando objetivos, pois é quando o medo de ficar parado assusta.
No final que
a gente percebe que o saldo foi negativo. Dizem que quando morremos o nosso
cérebro fica “vivo” por mais dez segundos, quando processa o tal filme de tudo
de importante que vivemos, curiosamente a cada ano fazemos a contagem
regressiva de dez segundos, quando também pensamos em tudo que aconteceu e ou
deixamos de fazer durante os 365 dias, como se nesses segundos temos a
oportunidade ver quantas chances deixamos escapar por descuido, achando que a
vida é para sempre, esquecendo que a cada novo ano é um ensaio pro final.
E feito
à programação da TV nossas vidas vão ficando cada vez mais chatas, as
lembranças vão se reproduzindo compassadamente...
Vivendo como figurante na nossa própria
história, esperando que as coisas melhorem milagrosamente, tentando se realizar na esperança de um futuro bom entre a reunião importante e o chopp’s
de sexta-feira, me questiono se realmente a gente que leva a vida ou é vida que
leva a gente?
TMartins
Oi Paty,
ResponderExcluirAdorei esse texto! É realmente a verdade, o final de ano sempre nos traz esses questionamentos que deviam estar conosco todos os dias do ano, por todos os anos da nossa vida. Eu não sigo metas e planejamentos, vivo o agora e às vezes sinto um pouco de falta disso para realizar alguns objetivos a longo prazo. Adorei seu blog também. Você visitou o meu e pediu meu email, deixo-o a seguir. E também o link do meu facebook ;)
Beijos,
Mari Siqueira
http://loveloversblog.blogspot.com
mary_hp13@hotmail.com
http://fb.me/marisiqueira182
Pois é mariana, sempre é assim no final do ano. Eu já faço mil planejamentos e metas, mas gosto viver um dia de cada vez, até por quê quando o planejamento vira rotina eu logo providencio mudar, por isso estou na turma que "deixa a vida me levar"
ExcluirO texto é lindo e bem verdadeiro, a autora TMartins arrasou.
Obrigada por sua participação. Obrigada por passar o e-mail.
Beijos